terça-feira, 21 de junho de 2011

Blá, Blá, Blá

      “proteger a população civil” será?


“Proteger a população civil”, essa foi à justificativa usada pela ONU para autorizar a intervenção militar na Líbia, mas devemos nos perguntar se essa justificativa “humanista” da ONU corresponde de fato à intenção de proteger os civis do regime “monstro” de Gaddafi, ou se existe por trás dessa polêmica decisão algo a mais, que não foi elucidado...

Interesses econômicos, jogo político, ideologias, conflito de interesses nacionais e internacionais, todos esses ingredientes compõem os desdobramentos dos acontecimentos na Líbia e sem duvida foram fundamentais para a resolução da ONU de autorizar uma intervenção militar na Líbia, que segundo a ONU, viola os direitos humanos.
Devemos primeiramente destacar a fragilidade e a nada democrática composição do conselho de segurança da ONU, que tem como membros permanentes, os que decidem de fato, países que historicamente carregam com sigo a marca do imperialismo, como é o caso de EUA, França, China e Reino Unido. Elucidada as condições em que se dão as resoluções da ONU, podemos concluir que quaisquer que sejam as medidas tomadas pela ONU, elas serão vistas acertadamente como imparciais e acima de tudo, interesseiras.
Se com Gaddafi na luta pela permanência no poder na Líbia os civis sofrem violação dos direitos humanos, ou seja, são trucidados sem ter a quem recorrer, com a intervenção militar que foi autorizada pela ONU e que é comandada por EUA, França e Inglaterra, não menos dramática é a situação dos cidadãos líbios, que pouco tem haver com essa disputa sangrenta.
Basta dizer que em um ataque aéreo realizado pelas forças da OTAN na cidade de Trípoli foram mortos centenas de civis inocentes como foi informado oficialmente pelo Itamaraty, “certo numero de vitimas”, pelas palavras dos comandantes da OTAN. É claro que este não é um caso isolado e tão pouco uma exceção, o fato é que a intervenção militar na Líbia está juntamente com a  resistência de Gaddafi pelo poder, violando não apenas os direitos humanos, mas o direito a vida.
Obviamente seria muita ingenuidade acreditar que um organismo como a ONU, o qual tem como membros permanentes de seu conselho de segurança países que se usam dessa instituição supostamente criada para promover dentre outras coisas a paz mundial, como ferramenta de manobra a serviço de seus interesses políticos e econômicos, teria realmente o intuito de proteger os pobres civis na Líbia.
Podemos concluir então que, a ONU está tão preocupado com os civis na Líbia, assim como estava preocupada com os civis do Iraque, país acusado sem provas de produzir armas nucleares, as quais nunca foram achadas.

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