O horário eleitoral gratuito dessas eleições se revela extremamente de baixo nível, não apenas pela falta de propostas, mas também por propagandas bizarras e incompatíveis com um assunto importante e sério que é a política.
Não bastasse o discurso decorado da maioria dos candidatos que concorrem nessas eleições 2010, de que são necessárias mudanças e renovação, o que na verdade não quer dizer absolutamente nada quando se omite qual é processo que levará a tais mudanças, as propagandas se revelam cada vez mais “pornográficas”, o que pode ser comprovado com a quantidade de besteiras e palhaçadas que são transmitidas na maior parte dos 50 minutos destinados ao horário eleitoral gratuito.
Isso se mostra como um grande complô para que o povo ache que política não é coisa importante, levando-os a acreditar que não vale apena assistir as propagandas, debater as idéias dos candidatos, o que a bem da verdade é um crime contra o povo, desmerecendo a importância da política na vida dos cidadãos, fazendo com que o povo deixe de acreditar que a política é um instrumento para mudanças, e assim mantendo-se sobre controle dos poderosos, que são de fato os que comandam o país.
Essa banalização da política como algo que não merece atenção dos eleitores, é um objetivo de controle que em parte está alcançando êxito, por outro lado, a políticos sérios, que trazem realmente propostas concretas de mudanças e dizem quais serão os processos através dos quais elas acontecerão. Há ainda aqueles que por questões econômicas não conseguiram expor em parte, mesmo que de forma resumida, sua mensagem de campanha, é o caso de inúmeros candidatos sérios.
É necessário que os partidos sérios, mesmo com todas suas limitações diversas, passem a mensagem de que esta velha política precisa acabar! E anunciem que uma nova política libertadora por ser consciente, está muito longe dos sonhos , pois é uma realidade.
Essa nova política consciente é que libertará o povo brasileiro das opressões sociais, físicas e econômicas, que se perpetuam história adentro, porque enquanto a política for desacreditada, haverá dominação.
