Assalto na estrada
Aumento de 11% nas tarifas de ônibus causa indignação entre os usuários do transporte coletivo, não só dos usuários, mas de todos aqueles que buscam uma alternativa para que São Paulo não venha entrar em um colapso ainda maior do que já entrou.
Muito se discute sobre as alternativas para que São Paulo não venha a entrar em um colapso total, mas o que parece é que essa discussão não pertence a todos, mas esta reclusa aos partidos de esquerda e aos movimentos sociais, grupos que realmente estão preocupados em resolver os problemas dos cidadãos, visando uma cidade mais justa e sustentável. O poder público não só não busca alternativas para resolver o problema do transporte coletivo em São Paulo, como também não participa dessa discussão, alias nem a reconhece.
Buscando ajudar aos pobres empresários que tem a concessão das linhas do transporte que deveria ser público, o Senhor Kassab anunciou que a partir de 5 de janeiro de 2011, o roubo na estrada seria substituído por um assalto a mão armada, passando de R$ 2,70 para R$ 3,00, ou seja, uma pessoa que não tenha carro na cidade de São Paulo, tem que desembolsar R$ 6,00 para chegar ao seu destino e regressar até seu domicilio, se levarmos em consideração as dimensões gigantescas da cidade, chegaremos a conclusão que quase ninguém utiliza apenas um ônibus nessa cidade.
O resultado é mais carros na rua, menos pão na mesa das famílias, mais dinheiro no bolso dos empresários, mais rodízio, mais buracos, mais poluição, mais lotação, mais pedágios...
Esse é um típico exemplo de uma cidade mal administrada, que se vende aos interesses pessoais, que trabalha na direção do insustentável, do inviável, do colapso urbano.
