quarta-feira, 21 de julho de 2010

A tendência que se torna exceção, através da dificuldade de interpretar a realidade.

"Nos jovens potenciais, de países desenvolvidos, por falta de sensibilidade"
"Nos jovens potenciais, de países pobres, por influência de ideologias"




O que se espera de um jovem no Brasil, certamente será diferente do que se espera de um jovem norte americano, europeu ou africano. Nossas expectativas certamente não são as mesmas de outras sociedades, porque o modo com que a sociedade se relaciona com os jovens certamente influencia os mesmos nas suas buscas enquanto jovens e possuidores de um espírito revolucionário.

Como aflorar em um jovem de um país super desenvolvido o sentimento revolucionário se ao menos ele consegue interpretar as situações pelas quais o mundo passa, para que possa engajar suas forças em lutas por mudanças, levando em conta que ele desconhece a realidade mundial, se não aquela dos livros de geografia, e da mídia que manipula.
Mesmo se toma conhecimento do que acontece fora das fronteiras de seu país super desenvolvido, provavelmente não fosse despertado para lutar por mudanças que são necessárias, imaginemos agora se ele descobre que a realidade do mundo e bem diferente das dos filmes de wollywood, e que seu país é o principal responsável por patrocinar o terror e a miséria no mundo. E se ele fizesse uma reflexão e descobri-se que seu bem estar custa muitas desgraças pelo globo?
Bom, se ele fizesse essa reflexão estaria servido de dois caminhos a seguir, o revolucionário a fim de transformar essa realidade criminosa em uma realidade onde haja justiça e igualdade para todos independentemente de sua raça, cor ou credo, ou assumir conscientemente seu papel de explorador imperialista.
Em um país como o Brasil, por exemplo, os jovens já estão inseridos nesse contexto de exploração, nasceram com essa situação e vivem na mesma. Não precisam assim fazer esforços de interpretar situações de exploração e seus efeitos na vida de seres humanos, lá do outro lado do oceano, afinal podem presenciar isto ao vivo e em cores, bastasse abrir os olhos e enxergar o fardo pesado que carrega todos os dias em detrimento dos exploradores.
Poderíamos concluir então que é muito mais fácil que os jovens do Brasil se tornem revolucionários do que os jovens norte-americanos, afinal nós somos os explorados, é uma questão de visão imparcial, de clareza e distinção da realidade da ficção.
Infelizmente, nem sempre o lógico é o certo, o que nossos olhos podem ver é simplesmente imagens, que mostra o que parece ser, mas que não mostra como é, ou porque é, cabe a sensibilidade através da experiência do real, transformar essa imagem e interpreta - lá da forma com que acredite ser a melhor, da convicção. Nem sempre uma imagem vale mais que mil palavras. Por tanto os jovens brasileiros poderiam ter uma tendência maior de revolução, poderiam se as ideologias dos exploradores não fossem tão fortes aponto de alienar toda a sociedade, mudar suas expectativas e seus valores, e transformar uma sociedade inteira de forma com que ela pense que viva da mesma maneira que os seus exploradores (globalization), de forma com que ela nem se de conta que haja exploradores e de que haja explorados, e de que ela é a explorada. É uma questão de deixar-se naturalmente influenciar por ideologias que tem a única finalidade de manter a perpetuação da exploração. Como diz Karl Marx o individuo é influenciado pela sociedade ao seu redor e não o contrário.
Pode alguém dizer que na verdade, a questão da exploração ou não, é uma questão de consciência, que cada indivíduo é o agente é o juiz final. Mas se pensarmos na origem da vida, quando o ser vem ao mundo, logo nós seriamos conduzidos naturalmente a conclusão de que todos são iguais em direito, em bens materiais, em inocência, etc. Ninguém quando nasce possui casa, carro ou maldade, mas sim irá adquira - lá através dos tempos.
Podemos nos perguntar, porque um individuo mesmo quando nasce ou até antes, é possuidor de vastas terras e heranças? O mundo tem dono? Deveríamos acreditar na sorte? Ou que devemos passar toda a nossa vida até que acabe as nossas forças para conceber luxo e fortuna a algumas poucas pessoas, muitas vezes com nossas famílias a míngua, sustentadas com valores irrisórios que mal dá para comer? Se cada jovem, refletisse sobre essas perguntas básicas, chegariam a conclusão de que há uma força oculta e poderosa, que so se manifesta quando a situação foge de seus controle, então, aqueles milhoes de jovens com potencial revolucionario se tornariam de fato,  os revolucionarios.
Então na realidade, a dificuldade para uma tendência revolucionaria dos jovens no Brasil é tão difícil como em qualquer outro país desenvolvido, não a diferença quanto às dificuldades, o que há é uma característica semelhante de submissão a política do imperialismo e do terror.
Assim o que seria uma tendência dos jovens a revolução acaba por tornar-se uma exceção a poucos, levados a manter esse espírito revolucionário principalmente por causas individuais como, sua leitura da realidade, e não por influência.






                                                                     
                                                                    Bruno Lima