sexta-feira, 25 de maio de 2012

Com os olhos nas nuvens



Nordeste brasileiro sofre com uma das piores secas das últimas décadas, mais uma vez.


Mais uma vez os nordestinos enfrentam uma situação calamitosa, a falta de chuvas na região semi-árida já é para muitos a pior da história. O que por um lado deve servir como registro, por outro deve servir como medida imensurável do que vive o nordestino em tempos tão difíceis, e tão comuns.
A falta de chuvas faz com que os açudes sequem, os animais fiquem sem água para beber. Sem cair uma só gota, a vegetação simplesmente some dando lugar a uma paisagem desértica e assustadora, com a marcada imagem da falta de vida vegetativa e os esqueletos das carcaças dos animais que não aguentaram enfrentar a falta de água e alimento.
Com a prolongação da estiagem, os açudes que ainda não secaram já estão em níveis críticos, o que fez 50,5% dos municípios nordestinos decretarem estado de emergência, o que corresponde a exatos 1.794 municípios, ou metade de todas as cidades nordestinas.
Desmistificando a idéia de tragédia invocada por muito para explicar a situação nordestina, podemos recorrer a Las Vegas (EUA), ou a Dubai (Emirados Árabes Unidos), onde iniciativa política e interesses econômicos ergueram verdadeiras obras de arte sobre a areia seca. Falta iniciativa política no caso do nordeste brasileiro? Ou será mesmo uma tragédia, anunciada, cíclica, histórica e futura.
Sem água para os animais e para as pessoas, os nordestinos se veem numa difícil posição, afinal, fora a tristeza de ver seus animais padecerem e não poderem cultivar, ainda existe a dor de saber que não a o que ser feito, a não ser esperar com fé a água literalmente cair do céu, pois esperar pelo estado é o mesmo que esperar um milagre, ao qual nem mesmos os santos dos devotos nordestinos podem conceber.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por contribuir com o site!