Nordeste brasileiro sofre com uma das piores secas das últimas décadas, mais uma vez.
Mais uma vez os nordestinos enfrentam uma situação calamitosa, a falta de chuvas na região semi-árida já é para muitos a pior da história. O que por um lado deve servir como registro, por outro deve servir como medida imensurável do que vive o nordestino em tempos tão difíceis, e tão comuns.
A falta de chuvas faz com que os açudes sequem, os animais fiquem sem água para beber. Sem cair uma só gota, a vegetação simplesmente some dando lugar a uma paisagem desértica e assustadora, com a marcada imagem da falta de vida vegetativa e os esqueletos das carcaças dos animais que não aguentaram enfrentar a falta de água e alimento.
Com a prolongação da estiagem, os açudes que ainda não secaram já estão em níveis críticos, o que fez 50,5% dos municípios nordestinos decretarem estado de emergência, o que corresponde a exatos 1.794 municípios, ou metade de todas as cidades nordestinas.
Desmistificando a idéia de tragédia invocada por muito para explicar a situação nordestina, podemos recorrer a Las Vegas (EUA), ou a Dubai (Emirados Árabes Unidos), onde iniciativa política e interesses econômicos ergueram verdadeiras obras de arte sobre a areia seca. Falta iniciativa política no caso do nordeste brasileiro? Ou será mesmo uma tragédia, anunciada, cíclica, histórica e futura.
Sem água para os animais e para as pessoas, os nordestinos se veem numa difícil posição, afinal, fora a tristeza de ver seus animais padecerem e não poderem cultivar, ainda existe a dor de saber que não a o que ser feito, a não ser esperar com fé a água literalmente cair do céu, pois esperar pelo estado é o mesmo que esperar um milagre, ao qual nem mesmos os santos dos devotos nordestinos podem conceber.
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